quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Manual do namoro à distância

Introdução

Bom, quando eu digo “namoro à distancia”, quero dizer distancia mesmo. Uns bairros ou até mesmo na cidade vizinha há vinte minutos não conta.
Se qualquer relacionamento já é por si só, complicado, imagine se relacionar com uma pessoa que não está fisicamente perto de você. É complicado. Nesse tipo de relacionamento, tudo se potencializa: os ciúmes são maiores, a saudade é maior (lógico), as discussões bobas, enfim, tudo se potencializa pelo simples fato de não ter a pessoa ali do seu lado. Vou tentar falar sobre pontos específicos, se faltar algum, cartas pra redação.

Ausência

Parece óbvio, mas não é. No início você acha que vai ser fácil, afinal, você nem via a sua ex todo dia e não morria por isso. Mas quando você percebe que você não vai poder ver a sua namorada nem se você quiser, aí ferrou. Você tem um boteco com os amigos, ela não vai; aniversário, batizado, churrasco, nada dela ir também; cinema, teatro ou jantar, só em raras ocasiões, e isso se você der a sorte que eu não dei de ter uma sogra que entenda a saudade que vocês sentem um do outro. No começo é legal, dá saudade, mas depois fica complicado não poder contar com a pessoa que você ama do seu lado quando você precisar.
Nesse caso o melhor a se fazer é arruma uma maneira de não se sentir tão longe da outra pessoa: internet, SMS, telefone (se não for muito caro), enfim, uma maneira de, pelo menos de algum modo, ter a pessoa um pouco mais dentro da sua vida. E um ponto importante aqui: caso você seja uma pedra de gelo e goste de ver a outra pessoa só uma vez por semana, nunca, jamais, diga que não entende como ela pode ter tanta saudade. Ninguém é obrigado a se sentir como você se sente.

Ciúmes

Bom, aqui o bicho começa a pegar. Namorando alguém que more longe você vai conhecer seu verdadeiro ‘eu’. Se você não é ciumento, vai ficar. Se é um pouco, vai piorar. Se é muito, camarada, ta fodido, vai virar um montro. É muito mais fácil confiar quando você poderia esbarrar com a outra pessoa em uma esquina a qualquer momento. É muito fácil não ter ciúmes dos amigos dela quando você os conhece, e os vê até com certa freqüência. Agora, não ter ciúmes quando a outra pessoa sai com os amigos ou algo que o valha a centenas de quilômetros da sua casa é oooutra estória.
Pro seu namoro não virar um inferno, tente se controlar. Tente entender que não há nada que se possa fazer, senão vocês vão virar dois parasitas que só ficam dentro de casa. Tente contornar, tente conhecer as pessoas que a cercam. Quando ela sair, se distraia: jogue videogame, trabalhe, saia também, sei lá, dá seu jeito. Ou então passe a noite no meu blogue lendo, você não vai se arrepender. Uma coisa que se deve evitar de qualquer maneira é fazer ciúmes de propósito. Acredite em mim: não vai passar tão rápido. Não piore uma coisa que já é complicada. Faça o máximo para tentar amenizar os ciúmes da sua namorada. E os seus, claro.


Insegurança

Rapaz, esse é um ponto chave pro assunto. Não to falando de insegurançazinha boba de adolescente. To falando de insegurança real, baseada em fatos reais e levando-se em conta a situação como um todo. Todo mundo gosta de ter alguém por perto, inclusive a sua namorada. O perigo aqui é se tornar paranóico com a idéia de que a qualquer momento ela via se envolver com alguém que esteja por perto. Isso pode acontecer? Claro, como poderia se ela morasse na casa do lado da sua. Poder acontecer pode, mas você não precisa ficar pensando nisso o tempo todo.
A solução nesse caso é, pra sua insegurança, primeiro relaxar. Não adianta ficar pensando nisso, porque se tiver que acontecer, vai acontecer ou não independente de você pensar nisso ou não. Tente fazer com o que o pouco tempo que vocês passam juntos seja prazeroso, e tente minimizar as brigas e discussões bobas, pra depois não ficar pensando besteira por aí, achando que ela vai te trair ou arrumar outro só porque vocês brigaram. E claro, torcer pra que ela seja madura o suficiente pra perceber que vocês se amam e que vai valer a pena depois segurar as pontas agora.
Quanto à parte dela, faça o mínimo pra que ela se sinta segura, e perceba que se você ta com ela nessas circunstâncias, não é a toa. Não fique falando das suas amigas mulheres o tempo todo pra que ela não se sinta menos importante. Dê atenção a ela e mostre que você está ali sempre que ela precisar, ainda que longe. Não se esconda dela pra atender ao telefone nem “esqueça” de contar detalhes, como dizer que a sua amiga estava no bar com vocês também ou que sua ex te ligou pedindo um favor. Mesmo que você seja esquecido e retardado como eu, esses deslizes podem fazer ela pensar que você tinha motivos pra “esquecer” de contar isso.

Sexo

Bem, esse ponto é bem complicado. Se você não for casado, nem for o Zé Mayer, o Chico Buarque ou não viva disso, provavelmente você não faz sexo todos os dias. Então, se você consegue ver sua namorada e, digamos, saciar essa loucura, dentro de ti, um peixe, para enfeitar de corais sua cintura e fazer borbulhas de amor à luz da lua, pelo menos uma vez por semana, não dá pra morrer. Mas se a frequência é menor o bicho pega. No começo você acha que é até melhor, tamanho fogo de vocês quando se vêem. Mas depois de um tempo, até catalogo de roupa de inverno vai fazer você levantar a mesa sem usar as mãos, com o perdão da expressão feia.
Pior ainda se a sua namorada for muit mais nova e não puder vir te ver. Aí, camarada, recomendo muitos banhos frios e um hobby que te ocupe bastante o tempo, como aprender a tocar um instrumento ou… Tá bom, aprender a tocar um instrumento não foi uma boa idéia. Tente não pensar muito nisso, e não ficar contando os dias para a próxima vez. Eu sei – e como sei – que é difícil, mas há de se tentar. E todo dia antes de dormir assista a algum bom documentário sobre a Antártida, sobre formigas ou desertos. Mas se os camelos começarem a rebolar muito, desliga a TV e vai dormir. Infelizmente, não encontrei nada que funcione nesse caso. A quem encontrar ofereço minha eterna gratidão, alem de um polpudo cheque como agradecimento.

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

Quem tem reclama, quem não tem, também!

É complicado quando vc se acostuma com uma coisa e do nada parece que tudo é ruim.
Eu entrei aqui sem rumo, não entendia de tv, nunca tinha trabalhado com isso, enfrentei uma barra enorme, tinha como chefe uma menina mais nova que eu, sem formação, ganhava o dobro e não fazia muita coisa.
Encarei de frente, mostrei que eu podia aprender de tudo, fiz o meu e o dela com exelência, ela pediu demissão, eu fiquei a frente de um programa, sozinha, horário nobre na CNT, pastoral, logo eu que não sou evangélica, encarei e fiz o meu melhor.
Fui enfim reconhecida, contratada por uma empresa terceirizada e ganhei outro programa da CNT e promessas de galgar um cargo ainda melhor, fazia o meu e ainda ajudava os outros, fiquei bem falada por todo setor.
Ganhei confiança dos chefes, do RH e da gravadora musical.
O contrato com a CNT acabou e finalmente eu saí dos programas pastorais, onde eu dava o meu melhor, mas não tinha nada a ver comigo...
Comecei a assessorar o chefe, criando junto com ele novos programas, dando nome, saindo para gravações de teste.
Ele me escalou para produzir 4 clipes musicais, e 10 comerciais, me empolguei, fiz tudo perfeito no melhor tempo possível...
Tivemos o jornalismo, me convidaram pra ser reporter, mas infelizmente o programa não vingou, mesmo assim eu não desanimei e continuei fazendo tudo que me era pedido, vivia na cola do chefe, pra aprender com ele e demostrar que ele podia confiar em mim...
Um supervisor foi mandado embora, outro diretor foi contratado, os núcleos foram divididos em pastorais e artístico/jovem, a coordenadora de produção saiu da RIT e foi para Nossa Rádio e o meu chefe perdeu o ânimo. Eu tentei reanimá-lo, criei coisas novas, marquei reuniões e ele... nada... o desânimo dele me atingiu, eu finalmente fui contratada pela FIC, mas não com o cargo que me disseram que tentariam conseguir... aí td começou a regredir, percebi que a única produtora que não tem programa fixo e nem um editor, era eu.... =(
perdi a vontade e a paixão que aqui me conquistava
venho pra cá de cara amarrada. Em 1 ano me apaixonei, me entreguei e me decepcionei.

Eu sempre prometi a mim mesmo só fazer aquilo que me desse prazer, que me fizesse feliz, aprendi isso com a minha avó, stress dá câncer, então evitá-lo é fundamental...
O pior de tudo é saber que eu amo isso aqui, as câmeras, os estúdios e o que me resta de energia, quero gastar pra recomeçar, nem que pra isso eu tenha que encarar mais obstáculos como os do início... =)