No mundo virtual

E aí que to vagando nos meus emails antigos.
Quanta história, respostas, brigas e lembranças em uma caixinha no mundo da internet pode guardar.
Me deparei com um email lindo que recebi um dia e nele assim dizia:

A você, com amor

O amor é o murmúrio da terra
quando as estrelas se apagam
e os ventos da aurora vagam
no nascimento do dia...
O ridente abandono,
a rútila alegria
dos lábios, da fonte
e da onda que arremete
do mar...

O amor é a memória
que o tempo não mata,
a canção bem-amada
feliz e absurda...

E a música inaudível...

O silêncio que treme
e parece ocupar
o coração que freme
quando a melodia
do canto de um pássaro
parece ficar...

O amor é Deus em plenitude
a infinita medida
das dádivas que vêm
com o sol e com a chuva
seja na montanha
seja na planura
a chuva que corre
e o tesouro armazenado
no fim do arco-íris.

Brasileiros pelo Mundo

Ontem, depois de um dia muito cansativo, me deitei e na televisão passada o programa "O Mundo Segundo os Brasileiros" da Band. O episódio se passava em Tókio, um lugar muito diferente daqui, com uma cultura rica e com certeza confusa para os brasileiros se acostumarem.
Ao assistir, senti aquele frio na espinha de que algo bem parecido já havia acontecido comigo, de que essa experiência quase esquecida já passou em minha vida. Me perdi em meus pensamentos enquanto o programa era exibido, parece que detalhes da Austrália simplesmente começaram a pipocar em minha memória e me lembrei até das sensações de saudade e medo que muitas vezes senti.
A noite de ontem foi bem fria aqui em São Lourenço e com certeza, com essa coisa australiana toda vindo a tona, cheguei a sentir o peso do cobertor da minha primeira casa em Brisbane.
Me bateu uma saudade, um desespero, uma vontade de voltar 6 anos da minha vida e andar de novo pelas ruas limpas e organizadas de lá.
Um pouco nostálgico, saudoso, sei lá, às vezes dá mesmo vontade de fechar os olhos e fugir para outra dimensão, uma que existe agora apenas na memória.