Fico aqui atualizando milhares de vezes o Gmail, olhando o orkut, lendo o G1, tentando encontrar um motivo para sentar nessa cadeira por 9 horas.
Procuro entender o motivo de estar aqui, de ter dito sim a uma proposta que parecia irrecusável.
Não é fácil saltar do trem antes da chegada, não é fácil decidir entre o que parecia um sonho e um sonho que ainda não aparece. É arriscado mudar tão rápido, querer um mundo novo, tentar conquistar coisas que até então não estavam ao seu alcance. Até ontem, uma estagiária secretariazinha assim-assado. Amanhã, estagiária de uma emissora de TV, trabalhar dentro de um estúdio, onde não tem hora nem dia pra enlouquecer. Até que vendo por esse lado, não parece tão ruim arriscar.
Pena sair no meio de uma decepção. Copiando frases que disse a uma amiga da baia ao lado: "Aqui, quando nos oferecem esse estágio, é como um sonho, a gente acredita, compra a briga, no início, é o maior prazer sujar as mãos de jornal, ver pequenos jornais procurando um espaço em um mundo tão grande, tudo é ótimo, nos sentimos importantes por sermos responsáveis por dar oportunidade a esses pequenos de serem grandes, sem dúvida é muito bom. Mas tudo se desmanchou quando viramos meros figurantes dessa história, de mais importantes, passamos para o segundo papel, aquele que foi dito que nunca nos seria daddo, o de "cuidar da burocracia", ninguém me disse que eu seria secretária, mas que faria contato, o tempo todo, com jornalistas do Brasil inteiro, isso me conquistou de primeira, e por isso um sim, sem dúvidas."
Estou sim decepcionada por ninguém reconhecer a capacidade da minha responsabilidade, de perder o posto para sim, uma secretariazinha que não vai atrás dos sonhos, não questiona, abaixa a cabeça e mesmo sem querer, faz trabalho de 3. Não acredito que isso seja mérito, acredito que seja aquilo que li em um e-mail, acabar com sua imagem em uma empresa.
Mas não aqui, aqui não funciona assim, aqui, quem puxa mais saco, leva! E vem sendo assim SIM. Eu me nego a puxar saco, me nego a engolir qualquer frase, a não dar a minha opinião. Desculpe, mas fazer jornalismo, é falar o que pensa, discutir sim, dar opinião e ouvir opinião, mas nem por isso aceitar tudo que dizem. Tá, posso até parecer chata com esse papo todo, mas não é bem assim, apenas não acho mérito nenhum se formar em jornalismo e aceitar ser secretária!
Saio daqui perplexa com a falta de respeito aos estagiários, a falta de cumprimentos de leis, de direitos e mesmo de deveres.
Não vou dizer que não valeu a pena, valeu sim, mas dessa vez, o mérito foi 100% meu em aproveitar a única oportunidade que tive de contato e de não falar em trabalho na hora do lazer!
Agradeço sim aos representantes dessa agência, que me deram o ponta-pé para iniciar minha carreira, podendo usar o seu nome reconhecido, mesmo sendo a maior fachada e não funcionar da forma com que pensam.
Agradeço principelmente ao meu professor PC, que teve a melhor das intenções.
Agradeço, pelos poucos dias de mão suja, pelas poucas horas de conversa, pelos e-mails que roubei do sistema, sem culpa nenhuma, essa foi a minha defesa, a minha forma de contato! Agradeço pela baia ao lado, me ensinando a calma, mesmo quando eu poderia explodir até quando era calma demais!
Mas agradeço a mim, por sair daqui no momento certo, quando percebi, que a minha presença não era mais necessária, na verdade, secundária!
Não faço jornalismo pra atender telefone, nem pra continuar atualizando o Gmail a cada minuto, a espera de alguém que me salve do ócio!
Procuro entender o motivo de estar aqui, de ter dito sim a uma proposta que parecia irrecusável.
Não é fácil saltar do trem antes da chegada, não é fácil decidir entre o que parecia um sonho e um sonho que ainda não aparece. É arriscado mudar tão rápido, querer um mundo novo, tentar conquistar coisas que até então não estavam ao seu alcance. Até ontem, uma estagiária secretariazinha assim-assado. Amanhã, estagiária de uma emissora de TV, trabalhar dentro de um estúdio, onde não tem hora nem dia pra enlouquecer. Até que vendo por esse lado, não parece tão ruim arriscar.
Pena sair no meio de uma decepção. Copiando frases que disse a uma amiga da baia ao lado: "Aqui, quando nos oferecem esse estágio, é como um sonho, a gente acredita, compra a briga, no início, é o maior prazer sujar as mãos de jornal, ver pequenos jornais procurando um espaço em um mundo tão grande, tudo é ótimo, nos sentimos importantes por sermos responsáveis por dar oportunidade a esses pequenos de serem grandes, sem dúvida é muito bom. Mas tudo se desmanchou quando viramos meros figurantes dessa história, de mais importantes, passamos para o segundo papel, aquele que foi dito que nunca nos seria daddo, o de "cuidar da burocracia", ninguém me disse que eu seria secretária, mas que faria contato, o tempo todo, com jornalistas do Brasil inteiro, isso me conquistou de primeira, e por isso um sim, sem dúvidas."
Estou sim decepcionada por ninguém reconhecer a capacidade da minha responsabilidade, de perder o posto para sim, uma secretariazinha que não vai atrás dos sonhos, não questiona, abaixa a cabeça e mesmo sem querer, faz trabalho de 3. Não acredito que isso seja mérito, acredito que seja aquilo que li em um e-mail, acabar com sua imagem em uma empresa.
Mas não aqui, aqui não funciona assim, aqui, quem puxa mais saco, leva! E vem sendo assim SIM. Eu me nego a puxar saco, me nego a engolir qualquer frase, a não dar a minha opinião. Desculpe, mas fazer jornalismo, é falar o que pensa, discutir sim, dar opinião e ouvir opinião, mas nem por isso aceitar tudo que dizem. Tá, posso até parecer chata com esse papo todo, mas não é bem assim, apenas não acho mérito nenhum se formar em jornalismo e aceitar ser secretária!
Saio daqui perplexa com a falta de respeito aos estagiários, a falta de cumprimentos de leis, de direitos e mesmo de deveres.
Não vou dizer que não valeu a pena, valeu sim, mas dessa vez, o mérito foi 100% meu em aproveitar a única oportunidade que tive de contato e de não falar em trabalho na hora do lazer!
Agradeço sim aos representantes dessa agência, que me deram o ponta-pé para iniciar minha carreira, podendo usar o seu nome reconhecido, mesmo sendo a maior fachada e não funcionar da forma com que pensam.
Agradeço principelmente ao meu professor PC, que teve a melhor das intenções.
Agradeço, pelos poucos dias de mão suja, pelas poucas horas de conversa, pelos e-mails que roubei do sistema, sem culpa nenhuma, essa foi a minha defesa, a minha forma de contato! Agradeço pela baia ao lado, me ensinando a calma, mesmo quando eu poderia explodir até quando era calma demais!
Mas agradeço a mim, por sair daqui no momento certo, quando percebi, que a minha presença não era mais necessária, na verdade, secundária!
Não faço jornalismo pra atender telefone, nem pra continuar atualizando o Gmail a cada minuto, a espera de alguém que me salve do ócio!
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